Astrônomos descobriram um buraco negro em
órbita de uma estrela massiva de rotação rápida, sugerindo que estes
sistemas binários estranhos podem ser comuns por toda a galáxia da Via Láctea.
Buraco negro é descoberto em volta de estrela ultra-rápida
A estrela, denominada MWC 656 e do tipo Be, divide espaço com um buraco
negro companheiro de massa estelar, relataram pesquisadores em um
estudo publicado hoje (15 de janeiro) na revista Nature.
Surpreendentemente, o buraco negro não emite radiação de raios-X, o que
explica porque foi tão difícil encontra-lo.
“É importante notar
que apenas um outro buraco negro com um companheiro estelar massivo é
conhecido na galáxia, o Cyg X-1″, disse principal autor do estudo Jorge
Casares, do Instituto de Astrofísica das Ilhas Canárias. “Nossa
descoberta sugere que muitos buracos negros com mais companheiros
maciços podem existir na Via Láctea.”
Muitas
estrelas como MWC 656 têm companheiras – na maioria das vezes, pequenas
remanescentes de supernovas extremamente densas conhecidas como estrelas
de nêutrons. Mas um buraco negro nunca tinha sido encontrado com uma
estrela Be até agora, disseram os pesquisadores.
MWC 656 está a
cerca de 8.500 anos-luz de distância da Terra e é de 10 a 16 vezes mais
massiva que o Sol. A estrela gira a 1,08 milhão de km/h, ejetando
grandes quantidades de materiais do seu equador e criando um disco em
torno de si.
Usando dois telescópios ópticos nas Ilhas
Canárias, Casares e sua equipe estudaram as emissões provenientes deste
disco estelar. Os cientistas detectaram emissões ópticas que sugerem que
o buraco negro está comendo uma pequena parte do material do disco.
A análise dessas linhas de emissão sugere que o buraco negro é 3,8-6,9
vezes mais massivo que o Sol, o caracterizando como um buraco negro de
massa estrelar – um tipo de objeto produzido quando uma estrela massiva
fica sem combustível e colapsa sobre si mesmo. [Space]
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