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Corais brancos

Branqueamento de corais no litoral do Rio de Janeiro preocupa a comunidade científica. Até o momento, estima-se que aproximadamente 15% dos corais afetados na região tenham morrido.



O branqueamento de corais é causado pelo aumento da temperatura da água. (foto: ESECTamoios)
Nas águas do litoral carioca, insuspeito fenômeno tem chamado a atenção de biólogos. É o branqueamento de corais. Nas proximidades de Paraty e Angra dos Reis, corais que deveriam apresentar sua coloração natural – em tons marrons ou dourados – estão agora brancos como papel.
O que estaria por trás da inesperada alteração? “O branqueamento acontece quando o coral é exposto a temperaturas mais elevadas do que aquela com a qual está habituado”, explica o biólogo marinho Gustavo Duarte, do Projeto Coral Vivo.
O esqueleto do coral é uma estrutura calcária, de cor branca, que fica evidente depois que as algas do gênero ‘Symbiodinium’ são expelidas do organismo, por passarem a produzir substâncias tóxicas em decorrência do aumento da temperatura da água. (foto: ESECTamoios)
Em todo o mundo, a maioria dos corais vive em águas cuja temperatura fica entre 26 ºC e 29 ºC. Mas quando a temperatura oceânica ultrapassa 31 ºC, acontece o branqueamento. E, no início de 2014, os mares da região registraram temperaturas de 34 ºC – recorde desde que começaram as medições. É provável que a mudança esteja relacionada com a variabilidade climática do planeta.
Coral esbranquiçado na baía de Ilha Grande, no estado do Rio de Janeiro, fotografado no início de 2014. (foto: ESECTamoios)
Diante do fenômeno, os pesquisadores acreditam que cerca de 15% dos corais afetados na região já tenham morrido.

Sobre cores e simbiose

Branqueamento de corais não é um fenômeno novo. Os primeiros casos foram reportados nas décadas de 1970 e 1980. Desde então, observações têm sido cada vez mais frequentes.
Na verdade, a cor de um coral é definida pela relação simbiótica que ele estabelece compequeníssimas algas do gêneroSymbiodinium. É uma interessante troca. O coral, com sua estrutura física, oferece a elas posição privilegiada em relação à luz. E as algas, em troca, realizam a fotossíntese e doam o excedente de sua energia e de seus nutrientes para o coral.
Portanto, são elas – as algas – que dão ao organismo a típica coloração marrom ou dourada. A cor do esqueleto dos corais é branca. Trata-se de uma estrutura composta essencialmente de carbonato de cálcio. Do ponto de vista fisiológico, o branqueamento acontece devido à interrupção da simbiose entre o coral e as pequenas algas.
Em função do aumento da temperatura da água, as algas sofrem alterações metabólicas e passam a produzir substâncias tóxicas para o coral, que, como estratégia de defesa, as expele. Dessa forma, o esqueleto do coral fica à mostra, já que seu tecido é transparente para permitir a penetração da luz. Esse processo pode provocar a morte do coral.


Confira a matéria toda clicando >>  Aqui << Post do blog Ciência Hoje. 


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