Água demais mata
Beber muita água pode levar a uma condição conhecida como
intoxicação hídrica e hiponatremia. Elas ocorrem quando uma pessoa desidratada
bebe muita água, sem os eletrólitos que o acompanham.
Visto principalmente em recém-nascidos e às vezes em atletas,
intoxicação por água acontece quando o tecido incha devido à presença de muita
água em nossas células do corpo. Nossas células mantêm um gradiente de
concentração específica e, portanto, o excesso de água fora das células, também
é conhecido como o soro, chama de sódio a partir de dentro das células para restabelecer a concentração necessária. À medida que mais água se acumula, a concentração de
sódio no soro cai e leva a uma condição conhecida como hiponatremia.
As células, em seguida, tentar recuperar o equilíbrio de
eletrólitos através de um processo conhecido como osmose. Neste processo, os
eletrólitos concentradas no interior da célula, juntamente com a água, tentam
mover-se através da membrana celular semipermeável, a fim de equilibrar a
concentração. Isto poderia levar às células a inchar e também ao ponto de
ruptura. Inchaço coloca pressão sobre o cérebro e os nervos, o que pode causar
padrões de comportamento semelhante a de intoxicação alcoólica. Inchaço dos
tecidos do cérebro pode causar convulsões, coma e finalmente a morte, a menos
que a ingestão de água seja restringida com uma solução salina hipertônica
(sal) administrada. Ela também pode levar a arritmias, permitindo assim que o
fluido entre nos pulmões, causando a vibração das pálpebras.
Café em
excesso também mata
Em
casos muito raros, overdoses de cafeína já foram fatais. A dose oral estimada
para causar a morte, que varia devido a fatores como o peso da pessoa, é de 5 a
10 gramas.
Seria muito difícil, provavelmente impossível, ingerir cafeína
suficiente para morrer bebendo o café comum. Segundo estimativas do governo,
uma xícara de 225 ml de café moído contém de 60 a 120 miligramas de cafeína.
Considerando uma quantidade de cafeína de um lado e uma dose fatal de outro,
você teria de beber pelo menos 42 xícaras em uma dada ocasião.
Mas a cafeína é encontrada em quantidades maiores nas bebidas
energéticas, em medicamentos e preparações de ervas.
Concentrações de cafeína no plasma sanguíneo acima de 15
miligramas por litro de sangue podem causar reações tóxicas, e overdoses de
cafeína são uma causa relativamente comum de emergências de envenenamento.
Castanhas de Caju e Amêndoas
A castanha de caju crua possui uma toxina chamada Urushiol, que
pode até ser letal. Para o nosso bem, não consumimos a castanha neste estado.
“A castanha de caju como a consumimos não causa nada, pois elas são torradas ou
cozidas. O perigo está no consumo dela crua ou mal cozida, pois nestes casos
ela poderá liberar uma toxina chamada Urushiol, que pode até ser letal. Em
pequenas quantidades, pode gerar dermatite ou inflamações na pele”, falou o
médico.
Assim como as castanhas de caju, as amêndoas precisam passar
pelo processo de torragem e cozimento. Elas possuem cianeto, que pode ser muito
perigoso se consumido em grande quantidade. Essa toxina pode ser verificada
principalmente nas amêndoas mais amargas.
Mandioca
Este é um dos alimentos mais populares no Brasil, mas que poucas
pessoas imaginam que possa ser perigoso. Algumas espécies de mandioca possuem
um elemento chamado ácido cianídrico, que pode causar intoxicação por ingestão,
como explicou o Coordenador da Equipe de Nutrologia da Unidade Anália Franco do
Hospital e Maternidade São Luiz de São Paulo, Andrea Bottoni. “Nas espécies de
mandioca mais populares do Brasil, chamadas de Aipim ou Macaxeira, a
concentração de ácido cianídrico é insignificante. Porém, uma espécie conhecida
como mandioca brava possui uma quantidade maior desta toxina e, se ela não for
bem cozida ou consumida crua, pode provocar uma intoxicação”, disse.
Pimenta
A pimenta é um alimento interessante, pois, na teoria, ela pode
até matar, mas somente se o consumo for exagerado. Felizmente, as pessoas não
comem pimenta como comem um prato de comida, o que evita muitos casos de
intoxicação. A substância presente no alimento, que possibilita o processo, é
conhecida como capsaicina e é a responsável por dar o sabor picante ao
alimento.
Maçã
As maçãs são tão conhecidas que dificilmente alguém imagina que
ela possa ter toxinas venenosas. As sementes de maçã possuem cianeto, mas em um
nível muito baixo. Comer todas as sementes de maçã não vai te matar, mas não é
nada recomendável fazer isso. Se mesmo assim você estiver disposto a mastigar e
engolir dezenas de sementes, saiba que poderá passar mal com isso.
Cereja
“Ela pode liberar ácido cianídrico, que pode gerar dor de cabeça,
confusão mental e vômitos. Mas isso só acontece quando é consumida em
altíssimas doses, algo muito raro de ser feito”, analisou Andrea. Outra fonte
da toxina está no caule da fruta, mas as pessoas não costumam comê-los, muito
menos em excesso.
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